Repleto de amargura, de dor, de secura, remorso e impotência
Nada mundano me atrai mais tanto assim, estou apático
O sexo não tem mais importancia, nem mesmo o beijo
Pareço definhas a cada noite de solidão
Mesmo as noites de solidão acompanhada
Dos amigos e conhecidos de bebedeira e confusão
A alma vai ficando pequena, murchando e desidratando
Agora choro, mas nem mesmo sei se é por não ter nada
Ou apenas por não ter conseguido chorar este tempo todo
Ou pela impotência existencial que se alastra em mim
Nem as realizações me fazem cócegas
Estão sempre incompletas, sempre pendentes
Estou sempre assim, cheio de tudo, vazio de mim
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